Título: A Sombra
do Passado – Noites em Florença 2
Título original: The
Shadow
Páginas: 304
Autor(a): Sylvain
Reynard
Tradução: Santiago
Nazarian
Editora: Arqueiro
Ano: 2016
Gênero: Romance,
Mistério e Suspense, Suspense, Romance Estrangeiro
Leia um trecho AQUI
Sinopse: Nesta sequência de A transformação de Raven, Sylvain Reynard combina suspense e sensualidade em uma das cidades mais belas do mundo, levando o leitor para um universo de fantasia e romance habitado por criaturas centenárias e poderosas.
A jovem e doce Raven Wood está em Florença trabalhando na restauração de O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli. Certa noite, ao tentar evitar que um sem-teto seja agredido, ela mesma fica em perigo, mas é salva a tempo pelo belo e poderoso William York. Depois desse encontro, eles se envolvem numa improvável e avassaladora paixão.
O príncipe vampiro jura seu amor por Raven e promete se vingar de todos os que um dia a feriram. Contudo, ela prefere não ceder à violência e, para surpresa de William, busca nele algum traço de humanidade sob a aparente frieza – alguma bondade que lhe permita entregar-se a ele sem receios.
Mas um perigo terrível pode pôr fim à felicidade do casal. Uma sombra se espalha por Florença, colocando em risco a paz que há séculos existe entre seres humanos e sobrenaturais. Enquanto tenta proteger Raven, o príncipe precisa descobrir quem o traiu e evitar uma guerra entre poderes há muito adormecidos.
Abro
essa resenha com uma reclamação: A Editora Arqueiro, detentora dos direitos da
série, interrompeu a publicação, assim os leitores brasileiros ficam com duas
opções ou leem em inglês ou vendem o fígado para pagar o frete da edição
portuguesa.
Reclamação feita, falemos do livro.
William,
o príncipe de Florença, levou um tempão para seduzir a relutante Raven de que
ele não era o mal encarnado, que não queria se aproveitar dela, muito menos lhe
causar qualquer tipo de mal. Ele era apenas “quase humano”. Ao conhecer e
aceitar William e seu mundo, Raven é jogada em uma aula de História, intrigas e
destruição. Os sobrenaturais estão em guerra e arrastam todos em seu caminho.
O
grande problema é que, como as traições veem de todos os lados, não há tempo
hábil para se perceber algumas nuances da história. Um desses desdobramentos é
que Raven – e sua irmã obtusa e um tanto estranha – não é o que parece. Ela nem
sabe, mas é uma peça fundamental para a queda – ou redenção – de William.
Aliás,
quem é William, temos pequenos vislumbres de sua história. Do homem de posses
que perdeu o grande amor de sua vida porque seu pai não admitia uma plebeia
para o filho. William se desilude, retrai e as mudanças começam, quando um
vampiro o transforma a mudança é bem-vinda, porque o coração do nosso herói já era
escuro o suficiente para não se importar com mais nada. Foram séculos de nada,
de indiferença até que a “quebrada” Raven despertasse novamente o lado humano
de William.
Se
em A TRANSFORMAÇÃO DE RAVEN vemos uma premiada e dedicada
historiadora da arte mudando – abandonando o vitimismo, a autocomiseração e pena
para se tornar alguém interessante a seus olhos – e que por esse motivo pode
ser interessante aos olhos de outras pessoas. Aqui temos William, seu mergulho
na escuridão e a tentativa de volta à humanidade.
Claro
que o livro não é apenas isso, afinal estamos falando de uma obra de Sylvain
Reynard, onde não nada é bem o que parece. A “redenção (para brincar com outro
título do mesmo autor) de William é em meio a muitas lutas, guerras e traições.
Enquanto as lutas e reviravoltas acontecem podemos nos encantam com uma das
vertentes do triângulo amoroso: Florença. Poucos leitores se deram conta, mas o
romance entre William e Raven é na verdade um intrincado triângulo em que um
dos dois sempre trai o outro com seu amor maior por Florença e sua rica
arquitetura e história.
O
enredo desse livro dá umas cinco ou seis novelas de pequenas tramas, mas
Sylvain trabalha de maneira que cada pequeno detalhe não é circunstancial, mas
interligado de maneira a formar um quadro maior, que – no caso dessa série – só
será compreendida na última linha do último livro.
Raven Wood era humana, tinha uma beleza pouco convencional e muita coragem. Também costumava proteger os outros, incluindo estranhos.
Para
os românticos de plantão, o amor de William e Raven é construído, ele não nasce
em um olhar ou um toque. Ele é conquistado, construído peça por peça, com
William mostrando para Raven que ele é mais humano do que a maioria dos
humanos, mais sensível e preocupado com a humanidade do que aparenta. Cuidando,
não apenas fisicamente, de Raven. Já a “mocinha” aprende a deixar o medo de
lado e se assumir como é, pelo que é.
Raven pôs a mão sobre o peito dele, em cima do coração. Sentiu sob apalma o estranho ritmo e o silêncio quase assustador.
Já
ia me esquecendo. Além de todas as tramas de traição e lutas por poder ainda
conhecemos melhor a família de Raven e com isso entendemos tanto sua história,
a negação da irmã por tudo o que aconteceu e porque quem resolver atingir
William usando Raven vai se dar muito mal.
Leiam
sem medo, mas não esqueçam que a Arqueiro não terminou a série, então o último
livro só em inglês.
Oi Bel,
ResponderExcluirJá vi várias reclamações com a editora pela mesma série, e pelo que me lembro a mesma fez muito sucesso quando lançada, ou seja, não entendo porque cancelar, mas fico puta da vida também quando isso acontece.
Adorei a resenha, fiquei bem curiosa com relação a serie, parece um erótico bem gostosinho de ler, amei a resenha.
beijokas