Título: Corpo Estranho
Título original: Foreign Body
Páginas: 464
Autor(a): Robin Cook
Tradução: Marcelo Barbão
Editora: Record
Ano: 2011
Gênero: Literatura Estrangeira, Ficção, Suspense
Sinopse Editora Record: Enquanto relaxa na sala de cirurgia de um centro médico em Los Angeles, a estudante de medicina Jennifer Hernandez assiste numa reportagem da CNN que sua avó morreu em um hospital de Nova Delhi, na Índia. Maria Hernandez, assim como um grande número de norte-americanos que não têm condições de pagar por uma cirurgia, tinha recorrido à medicina de um país do Terceiro Mundo, onde o custo é bem menor. Mas o que deveria ser um procedimento no quadril sem grandes complicações acabou se transformando em tragédia.Jennifer, que não sabia da viagem da avó, parte para a Índia em busca de respostas. Ao chegar lá, a estudante se depara com outros casos de estrangeiros que morreram após passarem por cirurgia. A jovem, então, começa a exigir mais informações, o que a coloca em grande perigo.Como se não bastasse, a administração do hospital pressiona as famílias das vítimas para que os corpos sejam cremados depressa. A jovem consegue contato com os familiares das outras vítimas para convencê-los a pedir autópsia, que raramente é autorizada na Índia. Mas parece que ninguém está disposto a ajudá-los.Suspeitando de que há algo misterioso, Jennifer busca a ajuda de sua mentora, a médica-legista Laurie Montgomery. Laurie e o marido, o também legista Jack Stapleton, embarcam para Nova Delhi, onde descobrem uma perigosa conspiração que pretende desmoralizar o “turismo médico” na Índia, independentemente de quantas vidas possa custar.
Robert Brian "Robin" Cook é um médico e escritor
norte-americano e pode ser considerado o criador do subgênero literário:
Suspense Médico. Seus livros sempre envolvem pesquisadores, doenças, médicos –
éticos e não éticos – seres humanos falhos e doentes, muitos doentes.
Em Corpo Estranho temos uma crítica à sociedade, que começou
a recorrer a viagens internacionais para conseguir tratamentos médicos mais
baratos e nem sempre aceitos pelos órgãos responsáveis pela avaliação e
liberação de métodos e medicamentos em seus países de origem. Essas viagens
ficaram conhecidas como Turismo Médico e eram – ou ainda são – reais.
É notável a mudança na escrita de Cook, se em Coma temos um “horror
médico” aqui temos mais suspense e menos horror. Apesar de fã do autor, senti
falta de uma pesquisa mais acurada, de um melhor conhecimento das cidades citadas.
A visão do autor sobre a Índia é quase tão superficial quanto se ele tivesse
tido a ideia assistindo novelas brasileiras.
Jennifer é uma jovem e ocupada estudante de medicina, que tem
dedicado pouco tempo para a família, tanto que só fica sabendo que sua avó
morreu ao assistir uma reportagem. Determinada a repatriar o corpo da única
família que restou e descobrir o que levou sua avó a atravessar o mundo para se
submeter a uma cirurgia aparentemente simples, Jennifer acaba descobrindo um
submundo perigoso, que pode em risco sua vida e de todos que a ajudarem.
Nesse livro temos de volta a dupla de protagonistas de outros
livros de Cook, os patologistas Jack Stapleton e Laurie Montgomery, agora mais
velhos e com uma relação mais estável, madura.
A narrativa é rápida, fluida e não permite tempo de
contemplação, os vilões são desenvolvidos com em outros livros, reais e
assustadoramente próximos, mas como falei acima a pesquisa foi rasa, a trama
tem lacunas irritantes e Robin Cook dá a impressão de ter feito o livro para
cumprir um contrato.
Quanto ao português, a adaptação não ficou das melhores e
alguns errinhos bobos de digitação passam a ideia de que a editora não se
preocupou muito com a qualidade final do produto.
Minha avaliação? Duas estrelas.
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