Título: A Mulher na Janela
Título original: The Woman In The Window
Páginas: 352
Autor(a): A. J. Finn
Tradução: Marcelo Mendes
Editora: Arqueiro
Ano: 2018
Gênero: Ficção, Romance Estrangeiro, Suspense, Thriller
Ao se ler a sinopse uma cena vem à cabeça, de cara: Janela
Indiscreta e James Stewart preso à uma cadeira de rodas, espionando seus
vizinhos com uma câmera fotográfica.
Não há como negar que Alfred Hitchcock é um mestre no
thriller psicológico. Se ainda não assistiram Os Pássaros, corram e assistam.
Vertigo, Rebecca (considerado pelo próprio Hitchcock como um filme menor),
Psicose (que talvez seja mais famoso do que os pássaros), mas a questão aqui é
o livro de A. J. Finn. Falando sobre ele, vamos conhecer um pouco sobre o ex-crítico
literário que escreveu para várias publicações, incluindo o Los Angeles Times,
o Washington Post e o Times Literary Supplement (Reino Unido). Nascido em Nova
York, Finn viveu na Inglaterra por dez anos antes de retornar à cidade de Nova
York.
A Mulher na Janela é o primeiro romance de Finn, e a citação
ao grande cineasta Hitchcock se deve a semelhança entre as tramas: pessoas confinadas
e sob a influência de substâncias vigiam seus vizinhos e veem coisas que não
deveriam ou não existiram. Pensando em tramas mais recentes temos Paranoia (Disturbia,
2007).
Finn criou uma personagem instigante, pouco importa que em
alguns momentos a vontade seja simplesmente arrombar a porta da casa de Anna
Fox e puxá-la para fora, colocando-a novamente no meio dos acontecimentos
cotidianos. Olhando de fora, Anna não tem nenhum problema, esse é outro ponto
positivo da obra, mostrar aos leitores distúrbios pouco conhecidos – ou discutidos
– como é o caso da fobia de lugares abertos, que impede a senhora Fox de sair
de casa. Aliás, a fobia da personagem remete ao irmão de Monk, Jack, que não
saia de casa e era um acumulador.
![]() |
Capa original americana |
“Doses generosas de vinho” + pouco sono + compulsão por
acompanhar a vida externa sem realmente entrar na corrente = dúvidas sobre a
sanidade da protagonista.
Acrescente a essa mistura personagens secundários capazes de
modificar os rumos da narrativa, corroborando ou não o que acontece fora da
janela de Anna.
Chegando ao final da narrativa e nada de contar os mistérios
da trama. Oras, estamos falando de um suspense psicológico, se eu contar o que
Anna Fox viu e se era ou não real, por que vocês iriam se aventurar nessa
narrativa excelente que vai virar filme em breve?
Aproveitem o feriado e descubram os mistérios de Anna e de
Finn.
Vale cada uma das cinco estrelas.
Sinopse Arqueiro: Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e…. espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece.
Nenhum comentário