
Título: Batman: Criaturas da Noite
Título original: Batman: Nightwalker
Páginas: 256
Autor(a): Marie Lu
Tradução: Mariana Serpa
Editora: Arqueiro
Ano: 2018
Gênero: Literatura Estrangeira
Essa não será uma resenha técnica ou impessoal. Eu sou fã (fanática, obcecada, doida de pedra) do Batman. Coleciono quase tudo que é lançado sobre o personagem (só me recuso terminantemente a assistir Batman gordo, barbudo, bêbado e chorando).
Isso posto, vamos ao livro ilustrado Batman: Criaturas da
Noite, de Marie Lu.
Primeiro sobre a autora – informações retiradas do site da
Arqueiro e do Goodreads:
Marie Lu é a autora das séries Warcross e Jovens de Elite e da aclamadíssima trilogia Legend. Ela se formou na Universidade do Sul da Califórnia e trabalhou como designer na indústria de videogames. Atualmente escritora em tempo integral, passa as horas livres lendo e jogando. Mora em Los Angeles com o marido e um cãozinho mestiço de chihuahua e corgi.
Agora, sobre BATMAN: NIGHTWALKER.
Não é o melhor livro sobre Batman/Bruce Wayne. Pensando em
livros, não em histórias em quadrinhos, eu ainda voto em Contos de Batman -
volume 4: Apresentando a Mulher-Gato. Pensando em graphic novel, o voto ainda é
Gritos na Noite.
NIGHTWALKER mostra Bruce Wayne saindo da adolescência,
prestes a colocar as mãos na herança. Com apenas 18 anos ele ainda não é o
detetive frio e impassível, o homem que guardou o coração porque não quer
perder mais nada. Ele é um rebelde rico, entediado e que apronta sempre que
possível, em uma dessas vezes ele é pego e condenado a prestar serviços comunitários,
claro que no Arkham, onde ele é abusado verbalmente o tempo todo. Bruce – sem essa
de Batman – não parece ter um cérebro, porque ele nem mesmo usa dedução lógica
para escolher o almoço. O maior detetive de todos os tempos é reduzido a...
nada.
Alfred não é citado na sinopse, e quando aparece é uma babá.
Não o mordomo cheio de humor britânico, com piadas desconcertantes; ou o pai
adotivo, que criou e levantou o ânimo do menino de 8 anos, órfão depois que viu
os pais serem assassinados a sangue frio. Alfred, a referência de sanidade em
qualquer história de Bruce, foi transformado em uma babá, responsável por tentar
manter na linha um adolescente que acha que o mundo deve alguma coisa a ele.
Triste fim para um ex-agente da MI-6.
A história em si não é ruim, o que estraga é usar Bruce
Wayne, o homem que se tornará o Batman, mas tirando a força que o personagem já
recebeu em uma releitura em Ano Um. Essa reinvenção do personagem em Ano Um –
assim como o ressurgimento do personagem com Cavaleiro das Trevas – deu tão
certo, é tão aceita pelos fãs, que Christopher Nolan levou ao cinema.
Lu ignorou todas as informações sobre a formação de Bruce,
sobre como o menino solitário, que vivenciou um dos maiores traumas que um ser
humano pode viver, criou o seu próprio Wayne.
Um jovem que se encanta com uma das prisioneiras do Arkham a ponto de tentar ajudá-la, mas sem sua inteligência superior e bem treinada, Bruce nem mesmo nota que está sendo manipulado e “ajudando” o inimigo. A sedução e inteligência passam longe dessa equação.
Um jovem que se encanta com uma das prisioneiras do Arkham a ponto de tentar ajudá-la, mas sem sua inteligência superior e bem treinada, Bruce nem mesmo nota que está sendo manipulado e “ajudando” o inimigo. A sedução e inteligência passam longe dessa equação.
Os vilões do livro, Madelaine e as Criaturas da Noite, não
são profundos, multifacetados, eletrizantes. Isso também dificulta para que o livro
evolua de maneira mais fácil.
Talvez por eu ser uma viciada em thrillers, suspenses e
romances policiais – além de apaixonada pelo Batman – o suspense do livro me pareceu bastante
fraco, para não dizer inexistente. O final não deixa a desejar porque a construção
da história é toda moldada para aquele final específico, então não vai
surpreender ninguém.
A avaliação dessa leitura será diferente das outras e no
final vão entender os motivos:
Enredo original e escrita de Marie Lu: 4 estrelasEnvolvimento emocional: 2 estrelas
Desenvolvimento da história: 2 estrelas
Resumo da ópera? Se você é, como eu, fã do Batman e já leu
tudo o que é possível conseguir sobre o personagem da DC, leia por sua conta e
risco – a capa é linda, então é um ponto mega positivo.
Se você não conhece Batman, não viu os filmes do Nolan e não
sabe nem que ele é um herói da DC, a leitura é bem agradável.
Se você é fã da Marvel e quer zoar os amigos que são fãs da
DC, leia.
Avaliação final: 2 estrelas, mas só porque a Marie escreve
bem.
Sinopse Arqueiro: “O mais complicado ao criar uma história sobre o Batman é saber entrar na mente de Bruce Wayne. Lu acertou na mosca... Ela laborou uma versão do personagem que vai intrigar fãs e recém-chegados.” – Kirkus ReviewsAs criaturas da noite estão caçando a elite de Gotham. Bruce Wayne é o seu novo alvo.Bruce Wayne está prestes a completar 18 anos e herdar a fortuna de sua família, além do controle das indústrias Wayne. No entanto, no dia do seu aniversário, ele faz uma escolha impulsiva e é condenado a prestar serviço comunitário no Asilo Arkham, uma mescla de prisão e hospital psiquiátrico onde estão detidos os criminosos mais desequilibrados da cidade.Lá ele conhece Madeleine, integrante das Criaturas da Noite, um grupo radical que deseja acabar com a elite de Gotham. Até então, a moça se recusava a confessar seus crimes ou informar à polícia os futuros ataques que planejavam, mas ela resolve se abrir para Bruce Wayne, dando início a um perigoso jogo de sedução e inteligência.Será que o jovem Wayne vai conseguir convencê-la a revelar todos os seus segredos ou ela está apenas manipulando-o para arruinar Gotham? Enquanto o golpe final das Criaturas da Noite se aproxima, Bruce percebe que não é tão diferente de Madeleine. E, mesmo longe de se tornar o Cavaleiro das Trevas, precisará provar que está preparado para deter uma das maiores ameaças que Gotham já presenciou.
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