Título:
A Ama Inglesa (O Quarteto do Norte #2)
Autora:
Chirlei Wandekoken
Editora:
Pedrazul
Ano:2017
Páginas:
119 (e-book)
Olá!
Hoje vou falar da história de Arthur Clifford, o
poderoso duque de Pudhoe, e de Leonora Smith.
Filha do cocheiro e ama da duquesa viúva, ela é
uma jovem ingênua e sonhadora que, desde os treze anos, nutre uma paixão
impossível pelo duque, a quem não vê há cinco anos.
Aos dezoito, após anos de calmaria servindo a
duquesa, a jovem miss Smith se vê, repentinamente e sem motivo aparente, desprezada
pela lady e por todos os empregados de Pudhoe Castle. Sem alternativa, volta
a viver na casa da tia. Mas, após ser molestada pelo marido desta última,
Leonora é obrigada a partir e é durante a fuga que ela cai nos braços de seu
amado Arthur, que está de volta após anos de ausência.
Confesso que, após ler o primeiro livro da série,
não estava muito empolgada para continuar. Isso porque A Estrangeira (vol.1) se passa depois que a história deste volume
já aconteceu. Então, além do título óbvio, que já dá uma boa ideia sobre a
história, no primeiro livro temos acesso ao casal do volume 2 – protagonistas
já juntinhos e com seus dilemas resolvidos –, já que o duque é o melhor amigo
do conde de Northumberland. Talvez, eu tivesse gostado de ler este, A Ama Inglesa, primeiro, pois não notei
qualquer detalhe que tornasse isso inviável e nele não há muita informação
sobre os outros volumes.
Apesar de neste livro a trama ser bem menos
intrincada que no primeiro, as duas histórias, A Estrangeira e A Ama
Inglesa, parecem partir de uma mesma premissa e estão permeadas de coincidências
– ou não. “Mocinha órfã (plebeia), defendendo-se de possível abuso, foge e
acaba sob a proteção de um poderoso lorde”. Veja: as mocinhas das duas
histórias são órfãs, plebeias e (misteriosamente) instruídas; ambas fogem de
abuso e se veem desamparadas, além de terem um passado repleto de segredos – muito
semelhantes, diga-se de passagem – e mentiras. E as “coincidências” não param
por aí! Para completar, ambas histórias estão “temperadas” por um mesmo
conflito (impedimento), o qual não
revelei na resenha do livro anterior e também não pretendo revelar aqui. Repito
apenas que é um assunto polêmico e que a abordagem (atitude dos mocinhos ante o
dilema) pode gerar reações das mais diversas por partes dos leitores (as).
Justamente esse ponto causou-me sentimentos
contraditórios. Primeiro fiquei surpresa por haver um impedimento além da
posição social dos mocinhos para que eles ficassem juntos. As poucas páginas de
expectativa, após a percepção desse detalhe, foram instigantes, mas, em
contrapartida, fiquei decepcionada ao descobrir que se trata do mesmíssimo tema
abordado no volume anterior.
Apesar das semelhanças e de ser mais “hot”, a
leitura desde volume foi bem mais leve que a do anterior e, a despeito de não
ser tão instigante quanto o primeiro, é tão bem ambientado quanto. Uma leitura
agradável.
Do próximo livro Um cocheiro em Paris também houve uma prévia no volume 1, com
muitos detalhes revelados. Agora é prosseguir e saber o que nos reserva de
novo.
Até a próxima!
Desde pequena, a menina Leonora se perguntava por que sua mãe sabia ler e escrever em dois idiomas e o pai sequer sabia ler em um deles. Instruída pela mãe francesa, a filha de um simples cuidador de cavalos muito cedo se vê sozinha no mundo, à mercê de uma tia autoritária e de um padrasto violador. Um encontro na infância provoca uma reviravolta em sua vida e ela vai trabalhar como ama da duquesa viúva de Pudhoe, uma dama autoritária, mas que a respeitava. Entretanto, quando lady Muriel Browne chega de Londres para passar uma temporada em Pudhoe Castle, no Norte da Inglaterra, tudo à sua volta muda. Leonora começa a ser destratada pela duquesa e até pelos outros servos, até então seu amigos.
Numa noite gelada em Newcastle, sem ter para onde ir, ela acaba se abrigando no celeiro, aconchegada à vaca da duquesa, para não morrer de frio. Ali ela é acordada brutalmente pelo capataz da propriedade e amparada por aquele cuja imagem permeara seus pensamentos durante cinco longos anos, o poderoso duque de Pudhoe, conhecido em toda a Europa por Lorde Perverso. Mas Leonora não o via assim. Pelo contrário. Achara-o caridoso. Afinal, se não fosse por ele, certamente não teria sobrevivido àquela noite.
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