Data
de lançamento: 27 de julho de 2017 (1h 47min)
Direção:
Christopher Nolan
Elenco:
Fionn Whitehead, Mark Rylance, Tom Hardy
Gêneros: Guerra, Histórico, Drama
Nacionalidades: EUA, França, Reino Unido, Holanda
Dunkirk
é mais um show de Chris Nolan, um diretor inserido no contexto mainstream do cinema, que pega as regras
da indústria e as usa a seu favor. Seu nome pode ser associado a heróis
(trilogia Batman), ficção (Memento, Inception e Interestelar), drama (O Grande
Truque), mas sempre com blockbuster na chamada. Isso mesmo, ele ainda não teve
um fracasso de bilheteria.
A
atual obra não é diferente, está sendo incensada por todas as grandes revistas,
publicações, sites e críticas ao redor do mundo — menos na França, mas como
Nolan é inglês eu entendo a implicância dos franceses.
Então
o Conchego vai quebrar a corrente e falar mal?
Claro
que não, vamos apenas ser honestos, como sempre.
É um filme correto, bem roteirizado e dirigido que, como o próprio diretor afirmou antes do início das filmagens, usa atores pouco conhecidos para que o foco seja a trama, não os medalhões. Claro que tem nomes conhecidos no elenco, mas antes de famosos são atores talentosos.
O
termo correto pode incomodar muito, mas vamos explicar: o filme desenvolve bem
até chegar ali perto do terço final. As histórias vão sendo contadas de maneira
crível, ligando-se aos poucos e mostrando que a guerra não é a brincadeira que
alguns diretores insistem em mostrar, que explosões e mais explosões apenas
cansam os espectadores. Então chega a parte final do filme e Hans Zimmer coloca para
fora todo o drama de uma trilha desenvolvida para arrancar lágrimas. O heroísmo
pelo heroísmo, que não havia sido utilizado até o momento, é usado de maneira
desavergonhada.
A
parte que menos gostei, a que mais me incomodou na verdade, foi a fotografia. O que foi
aquela saturação "estourada"? Nossa, difícil não se sentir incomodado com aquilo!
Senti falta de contextualização, de saber contra quem lutavam, por que lutavam,
quem eram os amigos e quem eram os inimigos. Acho que isso ficou subentendido
demais. A parte da guerra está bem narrada, mas cadê a política, a subtrama que
explica a importância daquela batalha, do lugar escolhido?
Clint
Eastwood usou Iwo Jima, pela importância da batalha em questão, mas contextualizou amigos e inimigos, política, expressão histórica. A correção de
Dunkirk esqueceu-se dessa parte.
O
filme é um sucesso, vale o ingresso, vale a experiência sensorial. Vale ver Tom
Hardy em um papel diferente – e ainda há quem diga que ele não é versátil. Kenneth
Branagh se perde em alguns momentos e fico esperando uma cena de Henry V, mas
tirando isso ele é sempre um bom ator. Cillian Murphy está irreconhecível,
novamente.
Esse
é outro truque de Nolan, o vínculo que ele cria com atores. A sucessão de
trabalhos entre eles ajuda no desenvolvimento das tramas.
O
filme é bom, mas não está no mesmo nível de Memento ou de Inception. Se tenho
tantas ressalvas ao filme, a culpa é do próprio diretor que me acostumou mal,
criando obras excepcionais.
Sinopse AdoroCinema: Não recomendado para menores de 14 anosNa Operação Dínamo, mais conhecida como a Evacuação de Dunquerque, soldados aliados da Bélgica, do Império Britânico e da França são rodeados pelo exército alemão e devem ser resgatados durante uma feroz batalha no início da Segunda Guerra Mundial. A história acompanha três momentos distintos: uma hora de confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir um avião inimigo, um dia inteiro em alto mar, onde o civil britânico Dawson (Mark Rylance) leva seu barco de passeio para ajudar a resgatar o exército de seu país, e uma semana na praia, onde o jovem soldado Tommy (Fionn Whitehead) busca escapar a qualquer preço.
Já li uma resenha que falava super bem, e agora essa que fala bem, mas com algumas opiniões que me deixam apreensivo de assisti ao filme ou não. Mas a resenha está ótima. O filme tem uma premissa muito boa.
ResponderExcluirEu confesso que sou fã do Nolan, mas ainda não tive oportunidade de ver o filme, a minha curiosidade só aumenta ao ler tantas críticas boas. Gostei da sua visão diferente de tudo o que li sobre o filme, sobe apontar aspectos menos positivos como a descontextualização ou a fotografia, vou prestar atenção a isso. Boa review :)
ResponderExcluirBitaites de um Madeirense
Oi, Bel! Eu já assisti alguns filmes do Nolan e estou bem curiosa para assistir esse filme, também quero ver o Tom Hardy rs, mesmo ele não sendo o ator principal. Porém, como você mencionou na crítica que há momentos que ficaram subentendidos, acho que irei ler o livro primeiro para conferir se há mais detalhes e depois comparar com o filme. Obrigada pela dica, bjss!
ResponderExcluirOie, tudo bem?
ResponderExcluirÈ a segunda vez que leio sobre esse filme, e preciso ver logo!!! Adoro filmes de guerra, e com o Kenneth Branagh então? Parece bem interessante esse filme, com certeza vou ver.
Beijos.
Filmes precisam escolher em que ponto vão focar. Pelas coisas que te incomodou calculo que o roteiro tenha elencado fatores que não foram os que você esperava. O livro, provavelmente, traga as respostas que procuras. Normalmente é assim, não?
ResponderExcluirOi linda,
ResponderExcluirÉ uma tendência cinematográfica se perderem em filmes sobre guerra, porque não procuro um ponto específico para pautar o desenvolver do enredo e ficam só em tiros e mortes que ficam bem confusas sem contexto para compreende-las.
Beijos!
Oi Bel.
ResponderExcluirExcelente análise do filme, com bastante embasamento.
Era um filme que eu não conhecia, nem tinha ouvido falar, do diretor tampouco, mas quando eu assistir vou me atentar a esses detalhes que você apontou. Também não costume gostar quando um filme não contextualiza determinados acontecimentos.
Abraços.
Oiii!
ResponderExcluirBel, eu não conhecia tanto o trabalho do diretor (não me julgue) mas curti assistir a obra, achei que o clima muito incrivel que me deixou tensa durante um bom tempo o que eu gostei bastante.
Não tive capacidade de escrever sobre o filme, mas fiquei muito feliz em ver que você conseguiu expor muito bem sua opinião!
Beijinhos
Acho que o roteiro deste filme foi muito criativo e foi uma peça clave de êxito de o filme. Christopher Nolan como sempre nos deixa um trabalho de excelente qualidade, sem dúvida é um dos melhores diretores que existem, a maneira em que consegue transmitir tantas emoções com um filme ao espectador é maravilhoso. Dunkirk é um filme com un roteiro maravilhoso. É um filme sobre esforços, sobre como a sobrevivência é uma guerra diária, inglória e sem nenhuma arma. Acho que é um dos melhores filmes ação é uma produção que vale a pena do principio ao fim.
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