Título: Boneco de Pano
Título Original: Ragdoll
Autor: Daniel Cole
Tradução: Marcelo Mendes
Número de páginas: 336
Idioma: Português
Editora: Arqueiro
Sempre tenho o problema de unir a ideia de pessoal com
profissional quando vou escrever uma resenha. Tento ao máximo não me deixar
envolver de maneira pessoal e encher o texto de “amo”, “acho” e “penso”, por
isso sempre que possível foco em tradução – adaptação para usar o termo correto
– qualidade do papel, estilo de fontes usadas, facilidade ou não de leitura do
texto. Então, por favor, perdoem-me o ponto emocional e pessoal de abertura
dessa resenha, porque aqui preciso dizer que “suspense policial inglês, escrito
por ingleses e ambientados na Inglaterra são quase sempre perfeitos”. Pronto, passado
o momento emocional, vamos falar sobre Boneco de Pano.
O livro de Daniel Cole é um suspense com todos os elementos
básicos e essenciais a um bom livro policial. Crime escabroso e assustador,
serial killer psicopata e muito inteligente, e uma trama que faz com que o
leitor salte da cadeira – cama, sofá, balanço – a cada página virada.
O thriller começa eletrizante, com seis pessoas já
assassinadas e seus pedaços formando um Boneco de Pano, um mosaico, um corpo
construído. A partir daí um grupo de policiais, repórteres, população em geral
se coloca a caça de um ser humano perigoso e extremamente inteligente que se
dispõe a brincar de gato e rato com a Polícia. Tanto que até torna público os
nomes dos próximos alvos, além da data em que o próximo boneco aparecerá. Horripilante.
Com os nomes dos alvos revelados, a polícia tem uma tarefa
tripla: descobrir os nomes dos mortos que formam o primeiro boneco, quem é o
serial killer e proteger os alvos do assassino.
Daniel Cole criou uma trama em que, ao contrário de outros
livros de suspense policial, a narrativa não é feita por um único personagem –
não conto mais porque isso é parte do suspense.
Voltando a uma observação extremamente pessoal: temos um
retrato nada amistoso da imprensa – como sempre – vemos jornalistas sensacionalistas,
pessoas sem escrúpulos, mas que são retratados como jornalistas. Isso incomoda
quem escolheu essa profissão. Fim da observação pessoal.
Para quem não está acostumado com o típico humor inglês o
livro causa estranheza e desconforto. As piadas – bem adaptadas por Marcelo
Mendes – estão por toda a trama e em momentos nada convencionais. Não são piadas
de salão. É humor pesado, é um humor inglês – vide Monty Phyton para entender
um pouco o que é humor inglês.
Leitura mais do que recomendada!
Sinopse Arqueiro: O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano. Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas – e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf. Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente.
Oiiii Bel
ResponderExcluirEsse é um livro que espero conseguir ler ainda esse semestre pois tem pinta de ser um thriller que prende do começo ao fim mesmo. A dica está anotadissima
Beijos
aliceandthebooks.blogspot.com