Título no Brasil: Addicted
Título Original: Addicted
Dirigido por: Bille Woodruff
Gênero: Drama/Suspense
Classificação: 18 anos
Corria o ano de 1997 e a então representante de vendas Kristina Laferne Roberts precisava de relaxamento depois de colocar seus filhos para dormir. Ela teve a brilhante ideia de começar a escrever, produzir ela mesma o tipo de história que gostava de ler. Começou sua produção literária escrevendo contos eróticos e a recepção – ela as publicava na internet – foi surpreendente. Tanto que pouco tempo depois do lançamento da história em plataformas de publicação de livros, Kristina assinou um contrato muito bom com uma conhecida editora norte-americana.
Aí você me
pergunta: Afinal de contas, quem é Kristina Laferne Roberts? Ela é Zane. A
autora de Addicted. O livro meio mais ou menos que virou um dos filmes mais
comentados de 2014. Mesmo que você nunca tenha ouvido falar neles – livro e
filme.
O livro fez
tanto sucesso, mas tanto sucesso que a Lionsgate, produtora cinematográfica,
comprou os direitos de produção, contratou Zane como roteirista junto com dois
profissionais mais experientes e pegou alguns atores não muito conhecidos para
levar o sucesso para as telas de cinema em todo o mundo. O resultado foi...
... Bem,
não foi o esperado. O filme causou buchicho, verdade. Ainda causa muita
discussão em grupos de amantes de romance erótico e é o sonho de consumo de
pelo menos seis em cada dez leitoras desse segmento.
Mas, então por que eu não gostei? Simples, eu não entendi, nem o livro, muito menos o filme.
Na minha modestíssima opinião, o filme tem duas cenas memoráveis: quando os créditos finais sobem e a cena da bunda do William Levi. Isso aí, resumi um filme de mais de uma hora a duas cenas.
Mas, então por que eu não gostei? Simples, eu não entendi, nem o livro, muito menos o filme.
Na minha modestíssima opinião, o filme tem duas cenas memoráveis: quando os créditos finais sobem e a cena da bunda do William Levi. Isso aí, resumi um filme de mais de uma hora a duas cenas.
Primeiro
vamos tentar entender o livro – sério, não posso explicar o que não entendo,
mas vou me esforçar. A ideia é um pouco diferente do habitual, começando pelas
personagens principais. Ao invés de termos uma típica família problemática
branca, temos um casal negro com três filhos adoráveis e que aparentemente leva
uma vida perfeita: marido amoroso, dedicado, honesto, fiel e trabalhador.
Esposa focada, boa mãe e excelente profissional.
Como todo
casal, esse também passa por uma crise e pequenos problemas cotidianos, nada
que não possa ser resolvido com uma conversa franca e honesta. A esposa, Zoe, um
belo dia sente-se atraída por um homem sedutor e misterioso. Até aí problema
nenhum, qualquer mulher casada pode se sentir atraída por um homem lindo,
charmoso, rico e sedutor. O problema está em quebrar o acordo de monogamia e fidelidade
e pular na cama do bonitão misterioso. Ou pular da cama dele para qualquer
outra superfície com qualquer outro homem aleatório. Começar a encher a cara,
negligenciar os filhos, o marido, a mãe e o emprego para alcançar um prazer fugaz,
que na verdade mais a machuca do que realmente a satisfaz como pessoa.
O livro
passa capítulos e mais capítulos descrevendo cenas de sexo aleatório e dá pouca
importância aos reflexos desse comportamento em seus relacionamentos. E quando
o faz, coloca o marido como um carrasco insensível aos problemas e anseios da
esposa. Não o cara legal e carinhoso que ele tinha sido no início do livro. E
aí, para que ninguém tenha raiva da Zoe, a autora inventa uma justificativa para
o comportamento dela. Sem spoiler, então não vou contar a justificativa
forçada e que não faz NENHUM SENTIDO, nem o final do livro.
O filme
retirou 99% das cenas de sexo, e ainda temos uma boa meia hora, quarenta
minutos de sexo rolando. O filme começa com Zoe e seu marido na cama, se
entendendo perfeitamente e completamente apaixonados e as cenas seguintes são
uma confusão que ainda não consegui alcançar. Porque ela vai de esposa feliz e
realizada a ninfomaníaca em um minuto, sem nenhuma razão aparente ou explicação prévia. E aí a história alterna entre Zoe e seus
amantes e Zoe brigando com o marido e os filhos e a mãe e os empregados,
fornecedores, clientes, terapeuta e quem mais aparecer pela frente.
Sou fã de
suspense, quase sempre levo dois minutos para descobrir quem fez o que com quem
e quando. Então, para mim, a carga dramática que a autora usou foi pobre, se
perdeu. Ela queria escrever um livro de sexo. Conseguiu. Em torno das
peripécias sexuais da protagonista colocou alguns diálogos e conflitos bobos.
Mas uma
coisa eu tenho que concordar com a autora, vício em sexo – esse não é o único
problema de Zoe – é um transtorno grave. Ela poderia, apenas, ter trabalhado melhor
o tema e usar como alerta ao invés de apelar para um moralismo infantil.
***
Sinopse AdoroCinema: Zoe Reynard tem uma vida estável: ela é uma profissional respeitada, está casada com o homem que ama desde a infância, e tem três filhos. Mas esta mulher tenta esconder uma compulsão cada vez maior por sexo. Zoe já sai com um artista, com quem passa várias noites, e também com um homem violento, que ameaça machucá-la. Antes que estas relações passem dos limites demais, ela decide procurar uma terapeuta, para quem conta todas as suas histórias. Enquanto Zoe multiplica os encontros e os novos parceiros sexuais, ela tenta esconder a vida dupla da família e dos amigos.
Bel,
ResponderExcluirSe você achou confuso, imagina eu? Nem vou procurar ler e o filme quem sabe rsrs
beijos e parabéns pela resenha.
Não aconselho mesmo. Quando é ruim, mas eu gosto, digo para pelo menos a pessoa tentar. O caso aqui é de perda de tempo, não vale a pena de maneira nenhma.
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