Título Original: Fahrenheit 451
Autor(a): Ray Bradbury
Editora: Editora Globo
Ano: 2010
Mais um livro de distopia que está nas prateleiras mostrando ao mundo que a ignorância não leva ninguém a lugar algum, que o ser humano precisa interagir mais um com o outro e realmente fazer uso de sua “humanidade”.
A premissa do livro é nos mostrar o que aconteceria em uma sociedade sem livros. Ou melhor, onde os livros eram considerados perigosos, quase como uma praga, ou uma doença, e por este motivo deveriam ser incendiados como forma de "prevenção para a humanidade". Quem fazia esse papel eram os "bombeiros" locais, responsável não por apagar o fogo, mas por causa-lo ao incendiar livros e mais livros.
A premissa do livro é nos mostrar o que aconteceria em uma sociedade sem livros. Ou melhor, onde os livros eram considerados perigosos, quase como uma praga, ou uma doença, e por este motivo deveriam ser incendiados como forma de "prevenção para a humanidade". Quem fazia esse papel eram os "bombeiros" locais, responsável não por apagar o fogo, mas por causa-lo ao incendiar livros e mais livros.
Tudo se inicia com o avanço tecnológico e com as pessoas se voltando cada vez mais para seus televisores e aplicativos de comunicação instantânea do que se comunicando de verdade no dia a dia. Também nos é mostrado que a preguiça foi fazendo com que as pessoas abandonassem mais e tudo que lhes exigia um pouquinho mais de esforço, seja ele físico ou mental, e com o tempo tudo virou informação mastigada - e relativamente inútil -, em uma sociedade de pessoas culturalmente ignorantes e desapegadas do mundo e de si mesmas.
A história é contada do ponto de vista de Guy, um bombeiro extremamente dedicado ao seu trabalho e que nunca questionou o que fazia, ao menos até conhecer Clarisse. E antes que você se anime... Não, Clarisse não é a futura amante dele e nem seu par romântico. Ela é sua vizinha e uma criança.
Porque Clarisse é tão importante na vida dele então? Porque ela é questionadora e faz a ele perguntas sobre o sentido da vida e da profissão que ele exerce, levando-o refletir a respeito. Ela também ressalta as belezas da natureza, como é boa a sensação da chuva e do vento, a mudança do cheiro do ar nas diferentes estações; coisas que Guy nunca havia parado para prestar atenção.
De repente Clarisse desaparece e Guy acaba se rebelando contra a política que dizia que aquela menina maravilhosa que ele conheceu e que o ensinou a pensar era, na verdade, má e perigosa ao bem da humanidade. Ele começa a "salvar livros" e a lê-los, aprendendo mais sobre o mundo do que jamais havia imaginado ser possível... Mas isso é crime e se ele for denunciado coisas muito ruins podem vir a acontecer com ele.
O que o livro tem de bom: O tema é maravilhoso! Uma sociedade que deseja a felicidade com tanto afinco que perde o foco do que ela possa realmente ser, no meio do isolamento e da ignorância acaba confundindo apatia com felicidade.
Fahrenheit 451 é um livro que trata de conceitos profundos como o que é realmente a felicidade, até que ponto podemos confundir ignorância e isolamento com alegria, qual a real importância dos livros para o desenvolvimento da mente e alma do ser humano, entre outros... Se formos olhar apenas pelos temas que trata, exclusivamente - ignorando a velocidade e emoção ou falta dela da narrativa -, merece fácil no mínimo 4 estrelas e é por isso que dei essa pontuação para ele.
***
Sinopse do Skoob: A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura. Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.
"com o avanço tecnológico e com as pessoas se voltando cada vez mais para seus televisores e aplicativos de comunicação instantânea do que se comunicando de verdade no dia a dia. Também nos é mostrado que a preguiça foi fazendo com que as pessoas abandonassem mais e tudo que lhes exigia um pouquinho mais de esforço, seja ele físico ou mental, e com o tempo tudo virou informação mastigada - e relativamente inútil -, em uma sociedade de pessoas culturalmente ignorantes e desapegadas do mundo e de si mesmas."
ResponderExcluirParece uma descrição de nossa sociedade hoje - medo desse livro ser profético!
Como sempre, uma ótima resenha, parabéns Mari!
Abraços,
Obrigada Alessandro! Sinceramente, acho que se não tomarmos cuidado podemos sim acabar daquela forma. E o ato de queimar livros como forma de "bitolar o povo" não é uma "novidade" do livro, já ocorreu em vários lugares, embora nunca nessas mesmas proporções (ainda).
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